Estar grávida/o é estar de esperanças?
Crescemos com a ideia de que a gravidez e o papel de pais é parte da nossa essência, tal como o sermos crianças, adolescentes, jovens e adultos. Aprende-se com o crescer. Aprende-se com o que nos mostram. Aprende-se com o que nos dizem que algo deve ser assim e, ponto final. Contam-se histórias e prevalece sempre o lado encantador do processo de gravidez tanto em relação à grávida como em relação ao casal.
No entanto, desde que a gravidez é pensada até ao próprio processo de nascimento nem tudo pode correr de forma encantadora e os percalços incontroláveis assim como os medos, angústias, ansiedades, receios e outras situações inesperadas podem ser impedidoras de que esta seja, efectivamente, um estado de graça!
E ás vezes é tão mais simples pensar isso…
Toda a gravidez tem início no momento em que começa a ser pensada e sonhada . No entanto o corpo, nem sempre acompanha este desejo. E os casais, dificilmente “engravidam” ou levam uma gravidez a seu termo. Fica a frustração e a dor da falha. O desejo não conseguido e um filho, constantemente adiado.
Crescemos com a ideia de que a gravidez e o papel de pais faz parte da nossa essência tal como o sermos crianças, adolescentes, adultos e pais. Ás vezes é encantador e outras, nem tanto. Quando, ás vezes, não é, fica uma enorme sensação de falha, de erro, de culpa.
A preparação para ser pai ou ser mãe é algo que ultrapassa a gravidez. A presença de um bebé obriga à reorganização das anteriores formas de relacionamento do casal e também, à preparação de ambos para a tarefa conjunta de serem pais.
A morte de um filho é sempre inesperada. Perde-se não só um filho como também o seu futuro, antecipadamente sonhado e planeado. O luto, é um processo difícil, moroso que requer uma reorganização de sentimentos.